Midia...Use-a como um dos meios de informação, porém não como o único.

Bem pessoal, a pouco, ao melhor, a pouquíssimo tempo, nós fomos convidados a assistir um filme chamado Mera Coincidência. Acho que o filme serviu para a maioria de nós, como um esclarecimento sobre o poder que a mídia tem de influenciar e de manipular a nossa visão diante de muitas coisas. O filme abre um leque para muitas discussões. Só para lembrar, o filme fala de um candidato que às vésperas das eleições, se envolve em um escândalo, que com certeza, iria denegrir a sua imagem e comprometer o alcance do seu objetivo: a presidência. Para evitar tal fato, o presidente, contratou um dos melhores produtores de Hollyoowd, para desviar o foco do escândalo, para que criasse uma guerra ente os Estados Unidos e a Albânia. Qual o objetivo da guerra? Tirar o foco do prejuízo que esse escândalo iria causar a ele e criar uma imagem de herói. Enfim, o filme trata essa questão de forma muito curiosa. Causando em nós, uma reflexão e até um sentimento de vergonha, do quanto nós somos vulneráveis. Se pararmos para pensar e analisar os fatos, nós vivemos rodeados por essa “maquiagem” que é feita na transmissão da informação. Só para lembrar, o meio de divulgação do heroísmo do candidato foram os MCM (meios de comunicação de massa), que têm por objetivo a disseminação das informações para um grande número de indivíduos. Nós vivemos cercados por esse “teatro” e podemos dizer que somos fantoches da mídia. Não generalizando, mas o mundo político, no qual estamos inseridos como figurantes, nos passa informações “filtradas” e os meios pelos quais elas chegam a nós é através da mídia. O que chega a nós é o suficiente para escolhermos o nosso candidato. Temos emissoras de TV, que manipulam as decisões da população, de uma forma que nem se pode acreditar . E sabe quem é o alvo principal de todas essas informações filtradas ? A maioria menos favorecida. A massa, não tem esclarecimento para definir o que é bom para si ou o que não é, pois vivemos em um país onde a educação e o esclarecimento da população se dá com um certo limite. É como se a educação oferecida servisse para ser inserida em dados estatísticos sobre o nível de educação da população. Porém, para os que manipulam a informação, o povo só deve saber o suficiente para apoiá-los, pois a mídia só apóia o lado que os beneficia direta ou indiretamente. Não distante de nós, podemos presenciar a influência que a imagem de um político reflete na população. Falo do nosso atual presidente. Quando pensamos nele, o que vem em nossa cabeça é a idéia de um homem do povo, um ex operário, um típico cidadão brasileiro, que nunca desistiu e que chegou lá. Não que sua história não seja de um homem batalhador e não que ele não tenha méritos para estar na liderança do nosso país. Porém, a mídia criou na figura do presidente, o que seria o ponto fraco de milhões de brasileiros: as origens dessa pessoa, todo a história de luta para chegar a um lugar tão alto. Isso fez com que o povo visse na figura dele a esperança de que alguém olharia para eles e que ele seria a esperança para quem um dia esperava mudar de vida. Quando falo da massa, menos esclarecida por culpa de um sistema, falo que ele foi eleito (não deixando de lado os outros fatores que o fizeram chegar a eleição), falo também que essa massa que teve grande influência na chagada dele ao poder, não votou nele pelo fato de ter tido esclarecimento suficiente para analisar as propostas do mesmo e sim, por ter visto na eleição dessa figura a chance de uma vida melhor, um exemplo que poderia ser seguido e a vida de um homem lutador, refletida na vida de muitos. Essa manipulação por parte da mídia, acontece em tantos aspectos de nossas vidas que nem percebemos. Concordo que sem a mídia e os meios comunicação, nós seriamos alienados. Não teríamos o dever nem o poder de decidir o que tem a ver com nossos ideais e com as escolhas certas para nós. A forma de usá-la sem ficar cego por tudo o que é transmitido é buscar sempre mais informações em diversas fontes de conhecimento, é não se contentar com a primeira informação que chaga a nós, para assim então, escolher o que de fato concordamos.
(Por Kátia d' Assunção) .